A Missão da Igreja

A missão da igreja não é reformar o mundo, nem erradicar as suas práticas más. Nosso único propósito é pregar o evangelho de Cristo. Se homens e mulheres chegassem a amar o Salvador, não há dúvida de que a conduta deles será transformada. As seguintes palavras foram ditas por John Newton em uma conferência de pastores, em janeiro de 1978. Ele estava falando sobre como a igreja pode realizar transformações morais no mundo. Seus comentários se mostram tão apropriados hoje como na sua época.

"O evangelho de Cristo, o glorioso evangelho do Deus bendito, é o único instrumento eficaz para transformar a humanidade. O homem que possui e sabe utilizar essa maravilhosa ferramenta, se posso fazer essa comparação, conseguirá facilmente aquilo que, de outro modo, seria impossível. O evangelho remove as dificuldades intransponíveis à capacidade humana: Faz o cego ver e o surdo ouvir; amolece o coração de pedra; ressuscita aquele que estava morto em ofensas e pecados para uma vida de retidão.

Nenhuma outra força, exceto a do evangelho, e suficiente para remover os imensos fardos de culpa de uma consciência despertada; para aquietar o ardor das paixões incontroláveis; para levantar uma alma mundana no lamaçal da sensualidade e da avareza, para uma vida divina e espiritual, uma vida de comunhão com Deus.

Nenhum sistema, exceto o evangelho, é capaz de transmitir motivos, encorajamentos e perspectivas suficientes para resistir e frustar todas as armadilhas e tentações com as quais o espírito deste mundo com suas carrancas e com seus sorrisos, se esforça para intimidar e afastar-nos do caminho do dever. Mas o evangelho, entendido corretamente e recebido com alegria, trará vigor ao desanimado e coragem ao temeroso. Tornará generoso o mesquinho, moldará a lamuria em bondade, amansará a fúria do nosso íntimo.

Em resumo, o evangelho dilata o coração egoísta, enchendo-o com um espírito de amor para com Deus, de obediência alegre e irrestrita para com a vontade dEle, bem como de benevolência para com os homens." 

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Palavras de John Newton retiradas da revista Fé Para Hoje, edição 23 de 2004.